A faixa, que conta com a participação de Kelson Most Wanted, Tio Edson (TRX), YoungK, Wiz F e Lil Janne (CBG), está a levantar suspeitas de trazer respostas e defesas para algumas das críticas recebidas, especialmente da colaboração entre os Séketxe e o RapProdutivo na faixa “Rap do Mundinho”. De referir que recentemente Rookie Uno afirmou que este Monopólio é “Podre” e o Kelson Most Wanted ficou infantil.
A música “Rap do Mundinho” foi um grito de alerta para a desigualdade social e a ostentação vazia de certos Rappers que, segundo os Séketxe, ignoram as realidades do povo angolano, vivendo uma vida de luxo enquanto muitos enfrentam adversidades como a fome e a pobreza. Wizy e os outros membros do Monopólio, no entanto, não parecem estar dispostos a se deixar abalar pelas críticas. Em vez disso, aproveitam a oportunidade para reafirmar a sua posição no Rap Game angolano e para destacar as suas vivências de luxo e as vitórias das suas próprias jornadas.
O primeiro verso a ser destacado é o do Tio Edson, que, de forma contundente, menciona: “Eu também tenho as minhas lutas, fracassos que me deixam triste, mas sou cliente prestígio, o que vem de baixo já não me atinge… Entre tu e a bebida a bebida fez mais por mim.” Com este trecho, Tio Edson faz uma referência clara à sua resiliência, mostrando que é capaz de superar os desafios que surgem no seu caminho, ao contrário dos seus críticos, que continuam a viver na negatividade, ele aproveita trazer a tona as suas grandes vivências e momentos insanos.
Wizy, o protagonista da faixa, coloca em evidência que o Monopólio actualmente está no controlo da Nova Escola ao mencionar: “Nessa New School nós é que mandamos, e decidimos quem toca now (Agora).” Já Kelson Most Wanted, dado como o líder do Monopólio, embora tenha mencionado mais a sua vida de luxo e conquistas, deixou alguns recados aos seus haters como “Estão em primeiro mas quem são? 5 pedras do Thanos na minha mão… Vocês reclamam que eu sou o Best Rapper, mas deixaram o Rap comigo”, mostrando mais uma vez a sua confiança de autoridade e a sua posição de destaque na New School.
YoungK, membro da CBG, também levantou o nome do Monopólio, ao atacar artistas que tentam explorar a popularidade da aliança para avançar a sua própria carreira: “Isso é Monopólio na estrada, wis a tentarem nos usar como escadas.” Wiz F, outro membro da CBG, afirmou que a Nova Escola está a levar lições e não tem como não falarem deles. Por fim, outro membro da CBG, Lil Janne afirmou que os promotores reclamam o seu preçário e aconselha a pagar barato os Rappers 0tári0s.”
Em suma, “Negros de Prada” além de trazer ostentação, trás uma afirmação de identidade e resistência. Alguns dos versos parecem ser respostas calculadas às críticas que têm recebido, pelos seus haters, e uma reafirmação da sua posição como figuras de destaque da Nova Escola do Rap nacional. Com este lançamento, Wizy e os seus parceiros do Monopólio deixam claro que, apesar das dificuldades e das polêmicas, estão prontos para continuar a deixar as suas marcas e a inspirar aqueles que os seguem.
Ouça aqui: