Como devem ter se lembrado, a música, que rapidamente se tornou um dos tópicos mais comentados, abordou não só questões relacionadas à música e à moda, mas também desfechos pessoais e polémicas do mundo artístico angolano. Com uma abordagem direta e sem filtro, Niiko não poupou críticas, deixando claro o seu descontentamento com o estado atual da cena musical e as relações dentro da indústria.
Em “Carta Industrial”, o artista não hesitou em expor desavenças passadas, como o fim da sua parceria com o Duc, revelando que a dupla não se fala mais até hoje. Além disso, Niiko provocou discussões ao afirmar que em Angola há mais cantores do que artistas, e criticou a falta de união entre os Mobbers. A música também trouxe à tona os famosos “beefs” (conflitos) entre figuras como A’Aires, Lebasi e CBG, além de comentários sobre a artista Titica, que, segundo Niiko, passou de alvo de críticas a figura desejada por muitos. Dji Tafinha também foi um dos alvos da carta, e neste ano, trocou alguns ataques em músicas com o Niiko.
Apesar das controvérsias causadas pela música, Niiko aconselhou os ouvintes e os mencionados a tomarem as verdades expostas “de ânimo leve”, deixando claro que a intenção era abrir os olhos dos novos talentos para os desafios que enfrentam na indústria. Embora tenha encerrado o ano com este lançamento explosivo, o final de 2024 tem sido bem mais calmo em termos de polémica. Há alguns meses Niiko havia anunciado que estava a trabalhar na segunda parte da carta e não se sabe se nestes 29 dias que faltam para o ano terminar poderá ser disponibilizada.