Entrevista com Cairo Rossyzz

Cairo Rossyzz, produtor oficial do Masta da Força Suprema, deu uma entrevista textual ao blog Grandamambo, confira as respostas e venha aprender um pouco com a experiência de quem já está há 15 anos no Game. 

GM: Quem é Cairo Rossyzz Beatz?

Cairo Rossyzz: Nascido em Luanda, no ano de 1994. Finalista do curso direito, e sou muito ligado as Tics. Eng. protools. Um Jovem que desde pequeno está ligado com a música de modo geral. Sou apreciador da arte. Simples, humilde, e estou sempre disponível para partilhar conhecimentos e experiências com todos.

Sou vinculado a New Game Music, OGC, Icebox Music e Moaent.

GM: Podes citar algumas das tuas principais produções de referência?

CR: Masta (demônios, freestyle ano novo, Mãe, A droga aumentou Remix)
Mamy Skill (Manazinha, vem no álbum dela)
Bizarro Bizz Uk(No Label No Sing EP)
Bizarro Bizz Uk (Montana)
News Game (EP Maka, EP famosos da Banda)
Célio Py (Evolution trap Musik street álbum)
Kim Cawina Rússia (yasta boi, Estou ver neve, Corona vírus)

GM: Como, quando e porquê começaste a fazer Beats?

CR: Comecei em 2005, sempre gostei de ouvir música e o meu pai foi a grande influência em casa,por me habituar a ouvir boas sonoridades. Primeira DAW de produção que conheci de foi o Fruity Loops 3, e fiquei muito admirado e só queria aprender a fazer beats, foi aí que eu pedi ao Aissi Beatz (actual vídeo Maker da Latino Records) e ao Tokix (New Game music )para me dar aulas de  produção de beats. E apartir da aí entrei nesse mundo maravilhoso.

GM: Quais são as tuas fontes de inspiração e o que que não pode faltar quando é o Cairossyzz Beatz? 

CR: A vida e o que acontece nela, ou seja o factos que normalizam uma sociedade. Tenho também como fonte de inspiração producers como: “Nelo Paim, Lex Luguer, Mike Will Made It, Dr. Dre, Chico Viegas e DJ Manias”.

Nos meus beat não pode faltar alma, drama, acção, brilho e uma boa linguagem de sonoridades.
Além do 808, piano, arpejos, organ, lead, percussão, etc… mas eu gosto mais de melodias sujas e distorcidas.

GM: Estás nisso a mais de 10 anos, já tens experiência e já sabes +\- o que resulta e o que não, qual é o conselho que deixas para quem está a começar agora?

CR: Humildade, respeito, acreditar no seu talento, não tenha pressa, investe primeiro nos materiais e na organização acima de tudo. Todo mundo tem o seu momento, e se queres ser  um profissional tens que se comportar e se capacitar como tal…”trabalho duro, supera o talento”…

GM: Há um velho ditado que diz que “devemos aprender com os erros dos outros” Quais foram os principais erros que cometeste no princípio?

CR: Primeiro, era pressa de ser famoso e ter “nome” (isso não é nada –  é apenas um título/rotulo). Segundo ,pensava que só podia produzir um estilo de música (producer não pode ser limitado, tem que viajar em muitas waves). Terceiro, não acreditava muito em mim (pensava que era um fracassado). Quarto, não estava preparado em termos de estrutura e organização pessoal(isso é um factor chave para ser um profissional de verdade, isso obriga as pessoas darem mais valor a tua arte e ao teu trabalho).

GM: Fazendo uma breve análise, como achas que o Hip Hop em Angola se encontra?

CR: O Movimento está up, os rappers estão a trabalhar muito, mas é de realçar que tem pouco conteúdo, ou seja, material pesado nas ruas. As músicas feitas pelos artistas da nova escola, chegam a ser às mesmas, que chega a aborrecer. Então eu gostaria que eles apertassem mais na caneta.

GM: Já estás no mercado internacional? Como é que vês o mercado Nacional em termos de venda Beats e quando é que vendeste o teu primeiro Beat nacional e o primeiro internacional? 

CR: Já graças a Deus, o mercado nacional ainda é pobre em termos de vendas de beats, os cantores não gostam de pagar beats, gostam muito de ofertas. 2009 foi ano que comecei a ganhar com vendas aqui em Angola. 2016 optei  pela expansão de mercados, primeiro Portugal, depois UK, Rússia, etc.

GM: Trabalhas com um agente? Caso sim, como é que foi o processo para conseguires ser agenciado? Dicas, erros comuns, conselhos e caminho a seguir?

CR: Sim tenho (Icebox music) cuida das vendas em UK.

Moaent minha Record label (CEO Masta) faz a distribuição dos meus trabalhos no mundo.

Chegou um momento que eu queria dar passos na minha carreira, decidi que havias funções que já não devia ser resolvidas por mim, até porque a minha responsabilidade é só produzir. Então com procurei pessoa profissionais e que tem um vasto currículo nessa matéria de agenciamento, e então assinei com a Icebox Music e foi uma mais valia e dinamizou mais a minha carreira. Primeiro era necessário estar bem organizado a nível pessoal e mental, depois investimentos na carreira. Têm que saber o querem. Ter projetos, alvos e metas. E dominar as ferramentas de trabalho.

O erro quando você assina com pessoas falsas que só querem te explorar e mais nada, e quando você como producer não se valoriza, não se respeita, ou seja, não é profissional com trabalho e não consegue cumprir com os prazos e datas.

GM: Como é que te tornaste o produtor oficial do Masta (da Força Suprema)?

CR: Desde o nosso primeiro trabalho sempre fui profissional e cumpri com os prazos e datas, e também temos uma boa química de cota e puto. Conversamos sobre tudo, e tem sido uma boa escola. Ele é fã do meu trabalho e eu do dele, então ele fez a proposta de trabalho, valorizei a proposta e aceitei… agora sou o producer oficial da Moaent.

GM: O que podemos esperar do Cairossyzz Beatz este ano de 2020?

CR: Tenho o meu Álbum Kinguptown pronto
EP tour in África vol 2 (Afro house)
EP com a OGC
Beattape (ainda sem título)
Beattape com o producer Algo desconhecido
E várias músicas soltas
E o lançamento do meu website de vendas e serviços.

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