Entrevista com Elves Filipe

O Portal GRANDAMAMBO entrevistou Elves Filipe, um rapper angolano que feito um forte investimento para conquistar o reconhecimento que merece no mercado.

1. Quem é Elves Filipe?

Elves Filipe, é um jovem Rapper, Estudante, Sonhador e apreciador do que a vida cá em Angola oferece, de “bom ou ruim”.

2. Para quem não conhece o teu trabalho, podes dizer algumas das tuas músicas ou participações de referência?

Sim, posso cá mencionar algumas faixas musicais muito querida pelos meus ouvintes:

– JOGADOR CARO
– INTERLÚDIO
– MAGNÂNIMO
– DRIP
– AMOR BOOMERENGUE feat. Rivas
– A VIDA É UM SOPRO feat. Biessy & Mr. FOI

As mesmas já estão disponíveis em várias plataformas de streaming.

3. Como e porquê te tornaste músico e a origem do teu nome artístico?

Me tornei músico por influência das minhas vivências, tive o privilégio de colaborar com amigos do meu grupo de Rap intitulado “New Swagg”, na altura, hoje actual YICEL Crew. Daí só tem sido história.

Escolhi o meu próprio nome por ser excêntrico, e ter um certo reconhecimento na zona. Foi fácil escolher, confesso!

4. Em que te inspiras para fazer música?

A minha primeira inspiração vem dos céus. Porque já perdi muita gente amada, apesar da pouca idade. A segunda é o meu meio. A terceira, chama-se Camilo Domingos. É engraçado, porque este grande artista nem sequer foi Rapper (risos). Desde muito cedo, graças aos meus queridos pais, tive o contato com suas músicas, muito peculiar.

5. Ouvimos a mixtape “ASCENSÃO“, por acaso está muito boa, parabéns, fale-nos sobre o processo criativo, composição e gravação?

Muito obrigado.

Salve, o processo criativo desta Mixtape foi 70% em confinamento, época de quarentena. Todas as faixas foram escritas por mim, e cada uma delas com sentimento diferente.

“Eu meto a alma, eles só metem palavras”

Esta obra teve toda captação na “Outras Vibes”, dos meus niggas América (Will) e Idarck Romão. E teve a masterização pelo Márcio Romão, da “Vero Moda Studio”.

6. Os produtores musicais são extremamente importantes para se obter uma trabalho com qualidade, quais são os Produtores nacionais e internacionais que mais admiras?

Uma boa produção musical é essencial para quem almeja atingir o topo do game. Comigo não é diferente, pois, os anos passam e como Rapper tento ao máximo elevar a fasquia.

Felizmente, cá em Benguela trabalho com os melhores produtores da nossa praça, como por exemplo: Cibas Baby, Márcio Romão, América & Idarck e Didas One. Tenho um amigo especial, lhe trato por super producer*, o nigga é fera, chama-se Joelson Beat, da Província do Kwanza Sul, Sumbe. O nigga foi responsável pela produção do meu EP intitulado 3M (Meu Rap, Minha Paixão e Minha Terapia).

Gostava de trabalhar com outros, como o Niikology, Djay Téllio e MADKUTZ.

7. Fazendo uma análise breve como é que achas que o movimento hip hop em Angola se encontra?

Falta um mercado consistente a nível nacional, capaz de divulgar as suas obras. As músicas em português precisa ter mais impacto, porque em si já trás consigo algum realismo lírico capaz de transformar e mudar a vida de muita gente.

8. Acompanham o Rap feito noutros países da CPLP? Caso sim. Que artistas é que vocês levam como referência / inspiração?

Sim, tenho curtido bastante por acaso. Artista como Phoenix RDC, Toy Toy T-Rex, NGA, Valete, Mota JR, Plutónio, Piruca, Prof Jam, Bispo e Vado MKA.

9. Fazes parte de um Grupo/Label? Caso sim, fale um pouco sobre ela. Caso não, gostarias de fazer parte de uma?

Estou associado a Marvel3Ponto1, é a junção de três grupos. Na qual o meu “YICEL” também consta. A Marvel3Ponto1 é responsável pela distribuição/imagem dos artistas. E tem feito um excelente trabalho!

10. Qual é o teu auge a atingir como artista/rapper?

Almejo atingir as maiores paradas de Rap em África, o mercado nacional é apenas a base para elevar e solidificar a minha carreira profissional.

11. Como é o Elves quando não está a fazer música?

Sou um filho preocupado com o bem estar dos meus (família e amigos). Tenho tido uma rotina variada, equilibro os meus dias para estar mais “flex”.